
O CEAB vai fazer, sem custos, um projeto e uma estimativa de preços das obras de preparação do Estádio para 2011. Mas o Renaux apresentou ao Brusque uma lista de várias exigências a serem cumpridas, o que revoltou os dirigentes. Basicamente elas são:
Desocupar o Estádio imediatamente, uso de cadeiras perpetuas pelo Renaux, manter as pinturas originais, cessão do restaurante (que está interditado), cessão gratuita de 20 credenciais por jogo, a proibição de sublocar o estádio, jogos preliminares garantidos para o Renaux, exploração de todos os Bares em dias de jogos, Exploração das placas externas a cargo do Renaux, sendo que a parte interna fica a negociar; em caso do tumulto, toda a responsabilidade é do Brusque; Faturas de Celesc e água a negociar; Valor do Aluguel a negociar, e todas as despesas por conta do mandante.
É bom ressaltar que para o ano que vem, caso não seja feito o acerto contratual já, nada muda, pois já há um contrato de aluguel assinado até dezembro de 2011. O Brusque não gostou nada, pois não terá nenhuma forma de arrecadação extra no estádio além da bilheteria, que não garante lucro, por causa do volume absurdo de taxas que a FCF recolhe. O Renaux quer administrar os bares, que é uma fonte importante de recursos. O diretor de futebol, André Rezini, disse ontem na Rádio Cidade que " se não aceitarem, vamos jogar lá pelo contrato vigente, e vamos pensar em um estádio particular. Parece que esse pessoal (diretoria do Renaux) não quer fazer futebol na cidade. Está complicado".
Essa novela eu já vi e resultou no fechamento de portas do Brusque em 2003. Quando o time foi pensar em voltar em 2004, foi criada uma terceira divisão e o clube só voltou a primeira em 2006. Confesso que o Rodrigo aqui está em uma situação muito delicada, pois para mim o problema envolve família: o presidente do Renaux é irmão da minha mãe, mas eu sou obrigado a dizer: o roteiro da briga é igualzinho ao que aconteceu anos atrás. Acho bom repensar alguns conceitos, pois a opinião pública não está do lado deles. E pensar que quem salvou a pele do tricolor foi o próprio Brusque em 2006, quando foi assinado um acordo irresponsável com um empresário português, que sujou o nome do clube. Não fosse o Inácio Schwartz, presidente do Brusque à época, os atletas que não receberam iam quebrar tudo. Mas ele agiu e arcou com as rescisões dos jogadores.
Quanto ao assunto do Estádio Particular, a lei eleitoral não me permite falar disso na TV e no Rádio, mas aqui eu posso: existe uma proximidade muito grande da Havan com a candidatura do presidente licenciado Danilo Rezini à Assembleia Legislativa. Essa aproximação pode trazer um envolvimento cada vez maior da rede de lojas no futebol da cidade. O André já disse no jornal "Município" de ontem que a Havan pensa em mais uma contratação de nome para o ano que vem. Prova que a relação é ótima.
Fonte: Blog do Rodrigo
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