Essa novela eu já vi há alguns anos. Conforme prometido na semana passada, em reunião na Prefeitura Municipal, um segundo encontro aconteceu ontem, entre as diretorias do Brusque FC, do CA Carlos Renaux (dono do estádio), Clube de Engenharia da cidade e a administração municipal, para dar rumo às obras de reforma do Estádio Augusto Bauer. Acreditava-se em uma reunião tranquila. Mas o Brusque não gostou nada do que ouviu.
O CEAB vai fazer, sem custos, um projeto e uma estimativa de preços das obras de preparação do Estádio para 2011. Mas o Renaux apresentou ao Brusque uma lista de várias exigências a serem cumpridas, o que revoltou os dirigentes. Basicamente elas são:
Desocupar o Estádio imediatamente, uso de cadeiras perpetuas pelo Renaux, manter as pinturas originais, cessão do restaurante (que está interditado), cessão gratuita de 20 credenciais por jogo, a proibição de sublocar o estádio, jogos preliminares garantidos para o Renaux, exploração de todos os Bares em dias de jogos, Exploração das placas externas a cargo do Renaux, sendo que a parte interna fica a negociar; em caso do tumulto, toda a responsabilidade é do Brusque; Faturas de Celesc e água a negociar; Valor do Aluguel a negociar, e todas as despesas por conta do mandante.
É bom ressaltar que para o ano que vem, caso não seja feito o acerto contratual já, nada muda, pois já há um contrato de aluguel assinado até dezembro de 2011. O Brusque não gostou nada, pois não terá nenhuma forma de arrecadação extra no estádio além da bilheteria, que não garante lucro, por causa do volume absurdo de taxas que a FCF recolhe. O Renaux quer administrar os bares, que é uma fonte importante de recursos. O diretor de futebol, André Rezini, disse ontem na Rádio Cidade que " se não aceitarem, vamos jogar lá pelo contrato vigente, e vamos pensar em um estádio particular. Parece que esse pessoal (diretoria do Renaux) não quer fazer futebol na cidade. Está complicado".
Essa novela eu já vi e resultou no fechamento de portas do Brusque em 2003. Quando o time foi pensar em voltar em 2004, foi criada uma terceira divisão e o clube só voltou a primeira em 2006. Confesso que o Rodrigo aqui está em uma situação muito delicada, pois para mim o problema envolve família: o presidente do Renaux é irmão da minha mãe, mas eu sou obrigado a dizer: o roteiro da briga é igualzinho ao que aconteceu anos atrás. Acho bom repensar alguns conceitos, pois a opinião pública não está do lado deles. E pensar que quem salvou a pele do tricolor foi o próprio Brusque em 2006, quando foi assinado um acordo irresponsável com um empresário português, que sujou o nome do clube. Não fosse o Inácio Schwartz, presidente do Brusque à época, os atletas que não receberam iam quebrar tudo. Mas ele agiu e arcou com as rescisões dos jogadores.
Quanto ao assunto do Estádio Particular, a lei eleitoral não me permite falar disso na TV e no Rádio, mas aqui eu posso: existe uma proximidade muito grande da Havan com a candidatura do presidente licenciado Danilo Rezini à Assembleia Legislativa. Essa aproximação pode trazer um envolvimento cada vez maior da rede de lojas no futebol da cidade. O André já disse no jornal "Município" de ontem que a Havan pensa em mais uma contratação de nome para o ano que vem. Prova que a relação é ótima.
Fonte: Blog do Rodrigo
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